Itu - SP, parabéns pelos 414 anos
A gênese deste município é antiga. Conta-se, que quando os bandeirantes Domingos Fernandes e Cristóvão Dinis chagaram à aldeia carijó de Maniçoba, ouviram o forte marulhar de uma queda d’água, provindo de uma localidade próxima. Questionados sobre do que se tratava, os índios apontaram para um local no horizonte, explicando que era uma ytu-gûasu, que, em tupi, significa grande cachoeira, de ytu – cachoeira e gûasu – grande. Estavam se referindo à “Cachoeira do Salto”, do rio Tietê, distante pouco mais de seis quilômetros do local de hoje situada, não no município de Itu, mas na entrada da cidade de Salto.
Seja porque o lugar fosse estratégico, seja porque a rota do Tietê sofresse uma interrupção, justamente, no trecho encachoeirado, em 1610, na mesma aldeia de Maniçoba, os bandeirantes erigiriam uma capela consagrada à Nossa Senhora da Candelária, em torno da qual, devidamente amestiçada, se iniciaria uma nova povoação. Como símbolo, a capela ainda persiste, pois exatamente no mesmo sítio, mais tarde, em 1780, seria construída uma igreja, e que hoje se constitui num dos conjuntos arquitetônicos mais originais de São Paulo.
O nome do atual município, ao longo dos anos, variou entre Maniçoba, Outuguassu, Utuguassu, Ytuguassu, até Nossa Senhora da Candelária de Itu, quando, então, ainda na condição de freguesia de Santana de Parnaíba, Itu se emanciparia como vila, em 18 de abril de 1654.
Em 1842, já tão-somente como Itu, a vila recebe foros de cidade. A propósito, não se tem quando, exatamente, Nossa Senhora da Candelária de Itu transformou-se em Itu, simplesmente. No mais, porém, quanto aos bandeirantes que chegaram em Itu, deve-se aduzir que Domingos Fernandes, um dos irmãos Fernandes, foi dos maiores sertanistas de seu tempo, tendo sido famoso desbravador do interior de São Paulo, juntamente, com Baltazar Fernandes, que fundou Sorocaba, e André Fernandes, responsável pelo nascimento de Santana de Paranaíba, de onde, aliás, todos os irmãos partiram. Já Cristóvão Dinis, que também está entre os fundadores de Itu, era genro de Domingos e, depois de uma briga familiar, enfurnou-se com a mulher no sertão, criando, por sua vez, o povoado de Cabreúva, hoje município.
Fonte: (livro) A origem dos nomes dos municípios paulistas, Enio Squeff e Helder Perri Ferreira, 2003, pg. 157.
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